As eleições presidenciais na Moldávia, realizadas no segundo turno no dia 3 de novembro, estão marcadas por alegações de interferência russa, conforme relatado por autoridades do país. Maia Sandu, a atual presidente e defensora da integração europeia, venceu o primeiro turno com 42% dos votos, enquanto seu adversário, que tem apoio pró-Rússia, obteve 26%. O conselheiro de segurança nacional de Sandu, Stanislav Secrieru, afirmou que a Moldávia está sob vigilância máxima devido a esforços de distorção dos resultados eleitorais, incluindo transporte ilegal de eleitores a partir da região separatista da Transdniestria.
O clima eleitoral é tenso, com preocupações sobre a integridade do processo, especialmente em seções eleitorais no exterior, onde moldavos que vivem no Ocidente tendem a ser mais favoráveis à união com a União Europeia. Autoridades moldavas notificaram países da UE sobre possíveis interrupções nas votações de expatriados, levantando a possibilidade de ações perturbadoras durante a votação. A Moldávia, que luta com a inflação e os efeitos da guerra na Ucrânia, vê a atual administração sob pressão para responder às insatisfações econômicas que podem influenciar a votação.
Com a polarização política acentuada, a presidente Sandu tenta se manter à frente de um eleitorado dividido, que inclui regiões como Gagauzia, onde muitos manifestam apoio ao seu oponente, refletindo uma sensação de descontentamento em relação à situação econômica. A Moldávia, um pequeno país europeu, enfrenta desafios significativos enquanto busca uma maior aproximação com a União Europeia, em meio a uma dinâmica política complexa e à ameaça de interferências externas.