As eleições presidenciais na Moldávia, realizadas no segundo turno, foram marcadas por alegações de interferência russa, conforme anunciado por autoridades locais. Maia Sandu, atual presidente e defensora da União Europeia, já havia vencido o primeiro turno com 42% dos votos, enquanto seu adversário, que é pró-Rússia, obteve 26%. O conselheiro de segurança nacional, Stanislav Secrieru, alertou sobre um possível esquema de transporte ilegal de eleitores da região separatista da Transdniestria, onde a presença russa é significativa, o que poderia distorcer os resultados da votação.
Além das alegações de interferência, o governo moldavo notificou várias nações da União Europeia sobre possíveis tentativas de interrupção das votações de expatriados em diversos países. A expectativa é que os moldavos vivendo no exterior, em sua maioria pró-europeus, apoiem Sandu, que busca a adesão da Moldávia ao bloco europeu até 2030. Por outro lado, o adversário de Sandu pode se beneficiar de descontentamentos relacionados à gestão econômica, em um contexto de inflação elevada e desafios pós-pandemia.
A Moldávia, que enfrenta uma crise econômica agravada pela invasão da Ucrânia pela Rússia, viu um aumento significativo no fluxo de refugiados e uma redução no fornecimento de gás russo. Em regiões como Gagauzia, com forte inclinação pró-Rússia, muitos eleitores expressaram descontentamento com o governo atual, sugerindo que a neutralidade do país seria preferível a uma adesão à União Europeia. O desfecho desta eleição pode ter implicações importantes para o futuro político e econômico da Moldávia.