A criação do Sururote, uma moeda social em Maceió, surgiu da necessidade de apoio financeiro para mulheres que participavam de um projeto de reaproveitamento das cascas do sururu, um molusco tradicional na região. Lançado em 2021, o Sururote é equivalente ao real e é aceito em cerca de 50 estabelecimentos locais, proporcionando um impulso significativo à economia do bairro do Vergel e melhorando a qualidade de vida das marisqueiras que trabalham na Lagoa Mundaú.
O Projeto Sururu, iniciado em 2019, visa minimizar o impacto ambiental do descarte de resíduos do marisco e criar oportunidades econômicas. As cascas do sururu, que antes eram descartadas, agora são utilizadas na fabricação de materiais de construção, enquanto o Banco Laguna, instituição responsável pela moeda, facilita a troca de recibos das cascas por Sururotes. Essa inovação permite que as marisqueiras tenham acesso a produtos e serviços essenciais, ampliando sua renda e promovendo a segurança alimentar.
O Sururote também gerou um efeito multiplicador, uma vez que muitos comerciantes aceitam a moeda mesmo sem estar formalmente cadastrados. O impacto positivo é visível, com relatos de empresários que notaram um aumento nas vendas e uma diversificação dos serviços oferecidos. As marisqueiras, agora com novas possibilidades de consumo e serviços, encontram na moeda um meio de reestruturação econômica e social, contribuindo para uma economia mais inclusiva e sustentável na comunidade.