Logina Salah, modelo e eleita Miss Egito 2024, é uma das concorrentes à coroa do Miss Universo 2024. Diagnosticada com vitiligo desde os 8 anos, Logina tem se destacado não apenas pela sua beleza, mas também pelo seu papel na quebra de padrões estéticos na indústria da moda. Sua participação no concurso destaca a importância de discutir o vitiligo, uma condição que afeta milhões de pessoas no Brasil e no mundo, e ainda carrega consigo muitos mitos e estigmas. A modelo, de 34 anos, se diz motivada a representar as mulheres com vitiligo e qualquer pessoa que já tenha se sentido excluída ou marginalizada pela sociedade.
O vitiligo é uma condição autoimune que causa a perda de pigmentação na pele devido à destruição dos melanócitos, células responsáveis pela produção de melanina. No Brasil, mais de um milhão de pessoas convivem com a doença, que afeta entre 0,5% e 2% da população mundial. Embora ainda haja muitas dúvidas e preconceitos, a condição não é contagiosa. Fatores emocionais e traumas físicos, como estresse extremo e queimaduras, podem agravar a condição, o que a torna, muitas vezes, um reflexo de desequilíbrios emocionais.
Embora o vitiligo não tenha cura, tratamentos eficazes podem ajudar a controlar a progressão das manchas e até mesmo repigmentar a pele. As opções terapêuticas incluem o uso de medicamentos, técnicas cirúrgicas e laser, sempre sob orientação médica. A doença afeta a autoestima e a qualidade de vida, tornando o apoio psicológico uma recomendação comum para os pacientes. O reconhecimento da condição e o acolhimento de suas implicações são essenciais para combater os preconceitos e melhorar a vida das pessoas que convivem com o vitiligo.