O caso das gêmeas de seis anos encontradas mortas em Igrejinha, no Rio Grande do Sul, segue sem respostas claras, gerando um grande mistério para a Polícia Civil. As irmãs, Manuela e Antônia Pereira, foram localizadas em outubro deste ano, com um intervalo de oito dias entre os óbitos. Ambas estavam em casa e não apresentavam sinais de violência. A suspeita inicial era de infarto, mas os exames realizados até o momento não identificaram substâncias que possam ter causado as mortes, embora a polícia suspeite de envenenamento. A investigação, ainda em andamento, tem sido considerada complexa, pois não há testemunhas oculares e poucos indícios concretos.
A mãe das meninas foi presa temporariamente sob suspeita de envolvimento nas mortes, após depoimentos que levantaram suspeitas sobre seu comportamento. Profissionais de saúde indicaram que ela havia expressado pensamentos perturbadores sobre as filhas pouco antes dos incidentes. Além disso, a filha mais velha da mãe também sugeriu que ela seria capaz de cometer o crime. A polícia investiga possíveis vínculos com envenenamento, sendo que o laudo pericial ainda não forneceu uma explicação definitiva. Para aprofundar a investigação, a polícia fez a exumação do corpo de Manuela, na tentativa de encontrar mais evidências.
O pai das meninas, ainda em luto, manifestou sua incredulidade diante das circunstâncias das mortes, destacando que em ambas as ocasiões ele não estava em casa. Embora tenha sido ouvido diversas vezes como testemunha, ele permanece sem respostas sobre o que teria ocorrido. Além disso, a investigação também busca entender o histórico da família em outras cidades e a possível intervenção de órgãos de proteção à criança, como o Conselho Tutelar, que já havia atuado anteriormente em casos envolvendo as meninas. O caso continua em aberto, e a polícia segue trabalhando para esclarecer as causas dessas mortes trágicas e misteriosas.