O missionário Jesuel Alves da Silva, após viver por 18 anos com a rara condição chamada colangite esclerosante primária, viu sua saúde deteriorar até evoluir para uma cirrose hepática. Sem acesso aos recursos necessários para o tratamento em outros países, ele retornou ao Brasil em busca de um transplante de fígado. No Acre, foi acolhido por uma equipe de saúde liderada pelo Dr. Tércio Genzini, que possibilitou sua inclusão na lista de espera para transplante, após diversas tentativas frustradas. A espera pelo novo órgão durou cerca de dez meses, tempo em que Silva enfrentou desafios físicos e emocionais, chegando a acreditar que não resistiria até o transplante.
Em novembro de 2017, após receber um fígado compatível, o missionário passou pela cirurgia e relatou uma transformação imediata, atribuindo a experiência a um milagre. A rápida recuperação o surpreendeu, pois as feridas no corpo se curaram, e ele retomou atividades básicas e posteriormente sua vida normal. Agradecido, Silva compartilhou sua gratidão pelo cuidado recebido da equipe do hospital no Acre, além de elogiar o tratamento humano e profissional do Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente a equipe da Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre), que se tornou referência nacional em transplantes de fígado e córnea.
Inspirado pelo acolhimento recebido, Silva fundou uma casa de apoio na Guatemala para auxiliar outras pessoas em situação semelhante. A instituição oferece acolhimento a pacientes e familiares que buscam tratamento, criando uma rede de apoio em seu país de residência. Seis anos após o transplante, o missionário continua seu trabalho voluntário, vivenciando uma rotina plena ao lado da família e agradecendo pela segunda chance de vida proporcionada pelo transplante.