Diplomatas do Conselho de Segurança das Nações Unidas discutiram a possibilidade de converter a atual missão de segurança no Haiti em uma missão formal de manutenção da paz da ONU, mas enfrentaram resistência da Rússia e da China. O país enfrenta uma grave crise de segurança com o aumento da violência de gangues, o que levou o governo haitiano a solicitar maior apoio internacional para lidar com a situação. Apesar do apoio de vários países à proposta, a oposição dos dois membros permanentes do conselho, com poder de veto, impede avanços imediatos.
Rússia e China argumentaram que o Haiti precisa estabilizar sua situação política antes de receber uma missão de paz formal, citando a ausência de uma liderança eleita e as disputas internas no governo. Eles sugeriram que os esforços devem se concentrar no fortalecimento da atual Missão de Apoio à Segurança Multinacional (MSS), que enfrenta dificuldades devido à falta de recursos e efetivo. Atualmente, apenas cerca de 400 soldados foram enviados, muito aquém dos 3.100 prometidos, e o orçamento da missão permanece insuficiente para lidar com a escala da crise.
O embaixador do Haiti na ONU destacou a urgência de ampliar o apoio internacional e os recursos disponíveis, alertando para os desafios enfrentados pela MSS no combate às gangues. Ele também pediu que uma eventual missão de manutenção da paz leve em conta os erros de intervenções passadas no país, como abusos de direitos humanos e a disseminação de uma epidemia de cólera. Enquanto isso, a insegurança no Haiti continua a impactar gravemente a vida cotidiana, exacerbando uma situação já crítica.