O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, iniciará uma viagem à Europa na próxima segunda-feira (4), o que poderá atrasar a decisão sobre um pacote de cortes de gastos aguardado pelo governo. Haddad visitará cidades importantes como Paris, Londres, Berlim e Bruxelas, e deve retornar ao Brasil apenas no dia 11 de novembro. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, enfatizou a urgência da situação, mas indicou que a votação do pacote no Congresso pode ser adiada para março do próximo ano.
O governo está considerando a proposta de emenda à Constituição para implementar as medidas de corte, mas ainda não há consenso sobre o valor a ser reduzido. Enquanto Haddad desmente rumores de cortes que variam entre R$ 30 bilhões e R$ 50 bilhões, Tebet sugere que uma das medidas poderia economizar cerca de R$ 20 bilhões. Nenhum anúncio oficial foi feito até o momento, mas os ministros da economia asseguram que os direitos dos trabalhadores não serão afetados.
A falta de consenso sobre quais áreas sofrerão cortes tem gerado tensões entre os setores político e econômico do governo. O mercado financeiro está em expectativa, temendo que o pacote de medidas seja menos efetivo do que o necessário. Especialistas alertam que a demora nas decisões pode ser prejudicial e recomendam que o governo busque um entendimento interno antes de apresentar a proposta à população. A situação reflete dificuldades similares enfrentadas em outros temas, como a reforma tributária, onde o consenso inicial tem sido um desafio.