O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que os indivíduos envolvidos em uma tentativa de golpe de Estado, planejada para 2022, não têm vínculo com as Forças Armadas. Múcio destacou que os suspeitos agiram de forma pessoal e não em nome da instituição militar, e reforçou a necessidade de que, se comprovada a culpabilidade, os responsáveis sejam punidos pela Justiça. Sua declaração ocorreu após um evento no Palácio Itamaraty, durante a recepção do presidente chinês Xi Jinping, e refletiu o posicionamento das Forças Armadas em relação ao ocorrido.
A tentativa de golpe, que envolvia a eliminação do então presidente eleito e outras figuras-chave do governo, estava em estágio avançado de planejamento. A Polícia Federal prendeu cinco suspeitos no dia 19 de outubro de 2024, após investigações que revelaram um detalhado plano que envolvia assassinatos e a criação de um gabinete para lidar com possíveis crises institucionais. O plano, que data de novembro de 2022, foi documentado e detalhou os recursos necessários para sua execução, incluindo uma estrutura militar específica.
A investigação tem revelado nomes de ex-integrantes do governo anterior e militares em atividade como envolvidos na trama golpista, o que levanta questões sobre o papel de certos setores das Forças Armadas. Apesar disso, o ministro Múcio reforçou que as ações dos envolvidos não representam a postura da instituição, que deve ser mantida como uma organização de caráter nacional e democrático. O caso segue sendo apurado pelas autoridades competentes, que buscam elucidar todos os detalhes e responsabilizar os culpados.