A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, ressaltou a importância do reconhecimento da sociedade em relação às políticas afirmativas, como cotas no ensino superior e em concursos públicos, durante um seminário na Câmara dos Deputados. Franco enfatizou que a construção de um Brasil sem racismo e discriminação começa na sala de aula, enquanto especialistas da ONU alertaram sobre o racismo sistêmico que ainda afeta os afrodescendentes no país, citando dados alarmantes sobre a violência policial.
O evento também destacou a necessidade de responder às recomendações da ONU, que incluem a obrigatoriedade do uso de câmeras corporais por policiais e a adoção de legislações que garantam o uso adequado da força, respeitando os direitos humanos. Especialistas e deputados presentes discutiram a relação entre a violência policial e a visão distorcida que ainda prevalece sobre os corpos negros, afirmando que o racismo deve ser combatido como um passo essencial para a democracia no Brasil.
Além das recomendações práticas, a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, anunciou a criação de um sistema de monitoramento para a resposta a organismos internacionais, reforçando a necessidade de políticas públicas que respeitem os direitos humanos. O encontro contou com a participação de diversas autoridades e representantes da sociedade civil, enfatizando a responsabilidade compartilhada para promover a igualdade e justiça racial no país.