Após o assassinato de Marielle Franco em 2018, sua família, especialmente sua irmã Anielle Franco, enfrentou uma série de desinformações e ataques nas redes. Hoje, como ministra da Igualdade Racial, Anielle defende o uso da tecnologia, do letramento digital nas escolas e da regulamentação das redes sociais e da inteligência artificial para combater o racismo na internet. Em um evento no Recife, ela destacou a importância de garantir o acesso digital para todas as pessoas, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade.
Anielle também ressaltou a necessidade de políticas públicas que garantam a inclusão digital para comunidades de baixa renda, periféricas e negras. Ela argumenta que o racismo nas respostas da inteligência artificial decorre dos preconceitos de quem programa esses sistemas. Segundo a ministra, o caminho para resolver essa desigualdade inclui investimentos em educação, regulação e implementação de políticas que assegurem acesso à internet para todos, abordando desafios complexos que começam ainda antes da questão tecnológica.
Além disso, Anielle expressou preocupação com a segurança das comunidades quilombolas e com o aperfeiçoamento dos programas de proteção a defensores de direitos humanos. Ela mencionou o lançamento do programa Aquilomba Brasil, uma iniciativa que, em parceria com órgãos federais, visa fortalecer as políticas públicas voltadas a essas comunidades. Para a ministra, enfrentar a violência e a exclusão requer esforços conjuntos entre diferentes instâncias do governo e uma determinação política consolidada.