O Ministério Público da França solicitou, nesta quarta-feira (13), a condenação da ex-eurodeputada e líder de um partido de extrema-direita a cinco anos de prisão, sendo dois deles em regime fechado, além de uma pena de inelegibilidade por cinco anos. A acusação está relacionada a um caso de desvio de dinheiro público durante seu período no Parlamento Europeu, entre 2004 e 2016. O processo envolve também outras 24 pessoas e o partido que ela lidera, que são suspeitos de terem utilizado recursos do Parlamento para financiar funcionários de forma irregular.
O MP ainda pediu a execução provisória da pena, o que significa que a sentença seria aplicada imediatamente após a condenação, mesmo que a ré recorra da decisão. A acusada, por sua vez, negou a existência de um esquema de desvio de fundos e classificou o pedido da acusação como uma “violência” e uma “indignidade”, sem apresentar provas de sua culpa. O tribunal de Paris deverá julgar o caso até o final do mês de outubro.
Além de seu envolvimento no caso atual, a ré já foi candidata à Presidência da França em três ocasiões, chegando ao segundo turno nas eleições de 2017 e 2022, quando foi derrotada. Ela obteve, na última eleição, mais de 41% dos votos no confronto com o atual presidente. O julgamento de seu caso de desvio de verbas públicas pode ter implicações importantes em sua trajetória política futura.