O Ministério da Defesa decidiu exonerar o coronel da reserva Anderson Freire Barboza do cargo de diretor do Curso de Gestão de Recursos de Defesa da Escola Superior de Guerra (ESG) após a divulgação de mensagens em que questionava a legitimidade das eleições de 2022 e criticava a atuação da Polícia Federal (PF). O oficial havia postado em um grupo de WhatsApp que as eleições foram fraudulentas e que a investigação da PF sobre supostas tentativas de golpe estava sendo manipulada. Ele mesmo confirmou a autoria das mensagens, classificando-as como um desabafo.
As mensagens de Barboza foram compartilhadas em um grupo com centenas de participantes, incluindo membros da ESG, vinculada ao Ministério da Defesa. A exibição pública dessas opiniões gerou repercussão negativa, especialmente em um momento de investigações envolvendo membros de diversos setores militares e políticos, que são investigados pela PF por supostas tentativas de golpe de Estado e outras ações ilegais. A publicação também incluiu críticas direcionadas a decisões do Judiciário e figuras do governo atual.
Além disso, a PF indicou 37 pessoas, incluindo ex-integrantes do governo anterior, por envolvimento em um possível golpe de Estado, o que levou à retirada de sigilo de documentos relacionados ao caso pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A situação gerou um contexto tenso, em que a comunicação pública de autoridades militares foi colocada sob escrutínio, refletindo a complexidade política e institucional do momento.