O Ministério da Agricultura e Pecuária apreendeu 10,5 toneladas de arroz em uma rede de supermercados em Araraquara, São Paulo, após constatar irregularidades na classificação do produto. Os pacotes vendidos como arroz tipo 1, de qualidade superior, foram, na verdade, identificados como arroz tipo 3, com quantidade excessiva de grãos quebrados e quirera. De acordo com o Ministério, a empresa responsável pela embalagem do produto, situada no Rio Grande do Sul, é a responsável pela irregularidade, embora o nome da empresa e da marca do arroz não tenham sido divulgados para preservar imparcialidade.
A diferenciação entre os tipos de arroz está associada à proporção de impurezas e grãos quebrados, o que afeta a consistência do arroz após o cozimento. O arroz tipo 1, com menor quantidade de grãos quebrados, é preferido por deixar o grão mais “soltinho” e, portanto, tem um valor comercial mais alto. No caso do arroz apreendido, os fiscais encontraram quase 24,5% de grãos quebrados e quirera, porcentagem que corresponde ao tipo 3, classificado como de menor qualidade. Essa prática foi caracterizada pelo Ministério como uma fraude ao consumidor.
A Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) reforça que, embora o valor nutricional entre os tipos seja semelhante, a diferença na qualidade do grão impacta diretamente o preço e a experiência do consumidor, que tem o direito de saber exatamente o que está adquirindo.