A Polícia Federal (PF) indiciou 37 pessoas envolvidas em uma tentativa de golpe de Estado para manter o ex-presidente Bolsonaro no poder. Entre os indiciados, 12 são militares ainda em serviço ativo, incluindo oficiais de alta patente do Exército, como generais e coronéis. A investigação apontou que esses militares, além de outros civis, teriam planejado uma ação para reverter o resultado das eleições de 2022 e garantir a permanência do ex-presidente no cargo, com o apoio de forças militares.
O relatório da PF, que foi entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF), revela detalhes sobre o plano, incluindo mensagens, gravações e depoimentos. Um dos elementos centrais do processo é a elaboração de um decreto golpista, que, segundo as investigações, foi redigido e ajustado pelo ex-presidente. Além disso, a PF também aponta a intenção de realizar ataques violentos a figuras públicas, incluindo o presidente Lula e outras autoridades. O envolvimento de Bolsonaro no esquema é central para as acusações, com a Polícia Federal indicando que ele teria sido um dos líderes da tentativa de desestabilizar o regime democrático.
Em resposta às acusações, o ex-presidente negou qualquer envolvimento em um golpe de Estado, afirmando que apenas discutiu medidas dentro da legalidade para contestar o processo eleitoral. A investigação ainda está em andamento, e as autoridades continuam a coletar provas e depoimentos para esclarecer os detalhes do caso e avaliar a responsabilidade dos envolvidos, incluindo a possível participação de líderes militares e civis no planejamento do golpe.