A mídia estatal da China alertou o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre os riscos de uma guerra tarifária destrutiva, após suas ameaças de impor tarifas adicionais aos produtos chineses devido ao tráfico de fentanil nos EUA. Trump afirmou que as tarifas seriam uma resposta até que a China tomasse medidas mais eficazes para conter o tráfico de precursores químicos usados na fabricação da droga. A China, por sua vez, considera essa justificativa como inadequada e enfatizou que a politização das questões comerciais pode prejudicar ambos os países. Os editoriais dos jornais China Daily e Global Times alertaram que a imposição de tarifas adicionais não traria vencedores e que a escalada de tensões econômicas seria prejudicial para todos.
Especialistas econômicos, tanto na China quanto nos EUA, já começaram a revisar suas previsões de crescimento em razão da promessa de Trump de aumentar significativamente as tarifas. Economistas globais reduziram suas estimativas de crescimento da economia chinesa para os próximos anos, enquanto alertam para um possível aumento no custo de vida nos Estados Unidos devido a essas medidas. No entanto, autoridades chinesas reafirmaram a confiança no crescimento de longo prazo da economia do país, apesar dos desafios impostos pelas tensões comerciais com Washington.
O impacto das novas tarifas propostas por Trump pode ser profundo, com economistas projetando aumentos consideráveis nas tarifas, variando de 15% a 60%. A China, diante dessa perspectiva, pode precisar aumentar seus estímulos econômicos para sustentar seu crescimento e mitigar a pressão sobre suas exportações. A situação, marcada pela incerteza, sugere que os próximos passos de ambos os países serão cruciais para evitar uma escalada de danos econômicos mútuos.