Durante o primeiro Congresso Brasileiro de Precatórios, realizado em São Paulo, Michel Temer reiterou que não tem interesse em disputar qualquer cargo público nas eleições de 2026, após ser mencionado por Jair Bolsonaro como um possível vice-presidente. Temer afirmou que, após mais de 30 anos de carreira política, está satisfeito com sua trajetória e não pretende retornar ao cenário político. Além disso, o ex-presidente destacou a importância da atuação do Judiciário e alertou para os perigos da radicalização no atual cenário político brasileiro, embora reconheça que a polarização possa ser útil para a democracia.
Em relação à influência das eleições nos Estados Unidos sobre a política brasileira, Temer afirmou não acreditar em interferência externa nas eleições de 2026. Segundo ele, as realidades locais e as condições econômicas dos candidatos serão determinantes para o resultado. Sobre a relação entre o Brasil e os Estados Unidos, o ex-presidente afirmou que ela é institucional e não pessoal, o que garante a estabilidade bilaterais independentemente de quem ocupe os cargos de liderança em ambos os países.
Questionado sobre a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitar o pedido de Bolsonaro para comparecer à posse de Donald Trump, Temer preferiu não opinar, destacando que esta é uma decisão que cabe ao Judiciário. Ele também aproveitou a ocasião para criticar a falta de um projeto claro na administração do governo atual, destacando que o Brasil precisa de direções mais definidas para seu futuro político e econômico.