O sistema de plantio direto, amplamente utilizado no cultivo de grãos no Brasil, está sendo adaptado por agricultores para o cultivo de hortaliças, trazendo benefícios como a preservação do solo e redução da erosão. Essa técnica consiste em semear diretamente no solo sem revolvê-lo, utilizando vegetação de cobertura e permitindo o cultivo simultâneo de diferentes culturas no mesmo canteiro, o que otimiza a produção. Antes da implantação, é necessário realizar práticas como correção do solo e preparo inicial, conforme explica o engenheiro agrônomo Nilson Barnabé Ferreira.
Além de ser mais sustentável, o sistema gera economia significativa para os produtores. Agricultores relatam reduções de até 40% nos custos de irrigação, além de menor dependência de insumos químicos. A adoção de plantas como milheto para cobertura e o uso de misturas naturais no controle de pragas têm mostrado resultados promissores, especialmente em propriedades que optam por produção orgânica. Porém, o sistema ainda enfrenta desafios, como a falta de equipamentos específicos para pequenas propriedades, forçando os agricultores a adaptar máquinas existentes.
Especialistas destacam que o método contribui para uma melhoria geral no sistema agrícola, promovendo a saúde do solo e agregando valor às produções. Apesar das dificuldades iniciais, a técnica tem potencial para ser amplamente adotada, reduzindo custos a longo prazo e aumentando a sustentabilidade das práticas agrícolas no país.