O investidor Howard Marks expressou otimismo cauteloso em relação à economia chinesa, destacando que a meta de crescimento de 5% para 2024, embora modesta em relação ao histórico do país, é ambiciosa no contexto global. Instituições financeiras, como o Banco Mundial, projetam um crescimento abaixo desse patamar, com previsões de 4,8% para 2024 e 4,3% para 2025, mesmo com medidas de estímulo recentes.
A economia da China enfrenta desafios estruturais, como baixo consumo, um setor imobiliário em dificuldades e o impacto de uma população envelhecida. Marks ressaltou que estímulos econômicos não podem ser usados indefinidamente para sustentar o crescimento. As autoridades chinesas buscam equilibrar medidas fiscais e monetárias para lidar com essas pressões, incluindo a redução da taxa de reserva bancária e a introdução de um plano de cinco anos para endereçar a dívida dos governos locais.
A conjuntura global adiciona incertezas ao cenário, com possíveis tarifas sobre exportações chinesas após as eleições presidenciais nos Estados Unidos. O governo chinês tenta conter a crise imobiliária enquanto reforça estímulos seletivos. Para Marks, ajustes estruturais são inevitáveis em setores com excesso de estímulo, como o imobiliário, evidenciando a complexidade dos desafios para alcançar a meta de crescimento.