O cancelamento da viagem do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à Europa trouxe alívio para o mercado financeiro, gerando descompressão no câmbio e na curva de juros. A permanência do ministro em Brasília, solicitada pelo presidente Lula, impulsionou expectativas de que o aguardado pacote de cortes de gastos públicos esteja próximo de ser anunciado. O Ibovespa, após uma sequência de quedas, subiu 1,87%, fechando aos 130.514,79 pontos, com giro financeiro de R$ 19,4 bilhões, revertendo a perda de 1,23% da sexta-feira anterior.
Investidores agora aguardam detalhes sobre o valor exato das reduções de despesas, estimadas entre R$ 30 bilhões e R$ 50 bilhões. Além disso, o mercado está atento à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que pode elevar a taxa Selic em meio ponto percentual nesta quarta-feira. A semana é considerada uma das mais decisivas do ano, com eventos significativos como a decisão de juros no Brasil e nos Estados Unidos, a eleição americana, e o esperado anúncio do pacote fiscal, que trouxe fôlego para o apetite por ações.
O desempenho do Ibovespa foi positivo, com apenas cinco das 86 ações em queda. Destaques de alta incluíram Cogna, Magazine Luiza, CVC e Pão de Açúcar, enquanto Azul e Hypera ficaram entre as maiores perdas. O setor metálico apresentou bons resultados, com Vale, CSN e Usiminas subindo, e as ações da Petrobras registrando leve valorização. Os grandes bancos também se destacaram positivamente, exceto o Bradesco ON, que caiu ligeiramente.