O Banco Central divulgou novas estimativas econômicas, com destaque para o aumento das projeções de inflação. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2024 foi ajustado de 4,62% para 4,64%, mantendo-se acima do teto da meta de inflação de 4,50%. A alta da inflação é atribuída a fatores como problemas climáticos, que impactaram a energia e os alimentos, além de um aumento nos gastos públicos, que também pressionam as expectativas. Para 2025 e 2026, as projeções também apresentaram ligeiras elevações, refletindo um cenário econômico desafiador.
Com relação à taxa de juros, os economistas passaram a projetar uma alta ao invés de um corte. A taxa Selic, que atualmente está em 11,25% ao ano, deverá atingir 11,75% até o final de 2024. Além disso, a expectativa é que os juros continuem a subir em 2025, com uma projeção de 12% ao ano. O Banco Central, no entanto, tem como objetivo controlar a inflação dentro das metas, ajustando os juros de forma a impactar a economia com um atraso de 6 a 18 meses.
A expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024 permanece em 3,10%, enquanto a projeção para 2025 é de 1,94%. O mercado financeiro também revisou suas previsões para o dólar, que deve encerrar 2024 em R$ 5,60, e para os investimentos estrangeiros, que devem totalizar US$ 71,5 bilhões em 2024. A balança comercial, por sua vez, deve registrar um superávit de US$ 77 bilhões no próximo ano, levemente abaixo da projeção anterior.