O cancelamento da viagem do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à Europa resultou em uma reação positiva no mercado financeiro brasileiro, com um alívio na taxa de câmbio e na curva de juros. A permanência do ministro no Brasil, supostamente a pedido do presidente Lula, foi acompanhada de sinais de que o governo estaria acelerando as medidas para anunciar um esperado pacote de cortes de gastos públicos. Esse movimento trouxe ânimo ao mercado, revertendo as quedas recentes do Ibovespa, que fechou o dia com alta de 1,87%, a 130.514,79 pontos, com um giro financeiro de R$ 19,4 bilhões.
A alta do Ibovespa foi a maior desde fevereiro, refletindo a expectativa positiva em torno do anúncio de cortes fiscais na faixa de R$ 30 bilhões a R$ 50 bilhões. O mercado também aguarda a próxima decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve elevar a taxa Selic. As ações de destaque incluíram Cogna, Magazine Luiza e CVC, enquanto o dólar encerrou o dia em queda de 1,47%, cotado a R$ 5,7831, beneficiado pela percepção de que o governo pode estar mais próximo de implementar ajustes necessários nas contas públicas.
Além disso, o cenário econômico global contribui para a expectativa, com decisões importantes nos Estados Unidos e a eleição americana impactando o apetite por ativos de risco. Investidores monitoram com atenção os desdobramentos das políticas monetárias domésticas e internacionais, que podem definir o rumo dos mercados nas próximas semanas. Entre as ações de peso, o setor metálico e os grandes bancos mostraram bom desempenho, impulsionando o otimismo geral na B3.