Os juros futuros no mercado brasileiro mostraram viés de baixa ao longo de toda a curva após a mudança na cotação do dólar, que passou a recuar frente ao real. Essa variação reflete a interpretação dos investidores sobre os eventos econômicos recentes, incluindo a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que destacou uma postura cautelosa em relação ao cenário fiscal do país.
Na manhã desta terça-feira, o mercado financeiro repercutiu tanto a ata do Copom quanto os dados mais recentes do setor de varejo, cujos números ficaram próximos do limite inferior das previsões para o segmento restrito. A ata reforçou um tom mais rígido e sinalizou preocupações com a sustentabilidade fiscal, o que parece ter influenciado a movimentação das taxas de juros futuras em um cenário de maior vigilância econômica.
Às 9h54, a taxa do depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 estava em 13,065%, em comparação com os 13,158% do ajuste anterior. A taxa para janeiro de 2027 caiu de 13,243% para 13,175%, enquanto o DI para janeiro de 2029 também apresentou queda, de 13,030% para 12,995%. Esses movimentos sinalizam que o mercado está acompanhando com atenção os desdobramentos econômicos e fiscais, refletidos nos ajustes das expectativas de juros.