O mercado financeiro brasileiro apresentou movimentações nesta terça-feira após a publicação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que recentemente elevou a taxa Selic para 11,25% ao ano em resposta às pressões inflacionárias. O Copom destacou seu compromisso contínuo no combate à inflação e mencionou que uma redução no ritmo de crescimento dos gastos públicos pode impulsionar o crescimento econômico do país ao melhorar as condições financeiras e o ambiente de risco. A expectativa sobre um anúncio de corte de despesas do governo aumenta, enquanto a instabilidade econômica e a inflação elevada trazem cautela ao mercado.
Nesta manhã, o dólar começou a ser negociado em alta, alcançando R$ 5,7910, após fechar o dia anterior a R$ 5,7695, refletindo o cenário de precaução dos investidores frente à indefinição sobre as medidas de controle de despesas públicas. O Ibovespa, por sua vez, opera com leve variação após uma sessão estável na véspera. Apesar do otimismo limitado nas ações, o dólar continua em um movimento de valorização anual, acumulando um aumento de 18,90%, enquanto o Ibovespa registra perda acumulada de 4,70% no ano.
As projeções inflacionárias seguem em elevação, com estimativas de 4,62% para 2024, acima da meta de 3% estabelecida pelo governo, segundo o Boletim Focus. Com a inflação persistente e o aguardado plano de cortes de gastos, o mercado financeiro mantém-se em estado de atenção, avaliando os possíveis impactos das políticas fiscais e monetárias no crescimento econômico e na valorização do real frente ao dólar.