O dólar comercial fechou a R$ 5,87 na última sexta-feira, marcando uma alta de 1,53% e aproximando-se do maior valor desde o início da pandemia de covid-19. A moeda norte-americana teve um desempenho volátil durante o dia, iniciando em R$ 5,76, mas disparando após a abertura do mercado dos Estados Unidos. Desde o final de setembro, o dólar acumula uma alta de 6,13%, e em 2024 já subiu 20,95%.
A bolsa de valores brasileira também enfrentou dificuldades, com o índice Ibovespa encerrando o dia em 128.121 pontos, uma queda de 1,23%, atingindo seu menor nível desde agosto. A pressão sobre o mercado foi influenciada tanto por fatores internos, como a viagem do ministro da Fazenda à Europa e a consequente demora no envio de um pacote de revisão de gastos obrigatórios ao Congresso, quanto por fatores externos, incluindo dados de emprego nos Estados Unidos que geraram expectativas sobre possíveis cortes de juros pelo Federal Reserve.
Adicionalmente, as tensões eleitorais nos Estados Unidos e os desdobramentos relacionados às greves e desastres naturais impactaram o mercado global. O dólar não só se valorizou em relação ao real, mas também frente a outras moedas da América Latina, como o peso chileno, mexicano e colombiano. A situação aponta para uma continuidade da instabilidade financeira, refletindo incertezas tanto no cenário doméstico quanto internacional.