O Ibovespa iniciou novembro em queda, atingindo 128 mil pontos, nível não visto desde agosto, devido a pressões no câmbio relacionadas à percepção de demora nas ações do governo sobre despesas públicas. Na última sexta-feira, o índice da B3 recuou 1,23%, fechando a 128.120,75 pontos, com um giro financeiro de R$ 21,8 bilhões. Ao longo da semana, o índice acumulou uma perda de 1,36%, refletindo um desempenho fraco, com apenas uma leve alta em cinco semanas.
A situação fiscal do Brasil continua a gerar desconfiança entre os investidores, especialmente após o anúncio da viagem do ministro da Fazenda à Europa, o que foi interpretado como falta de urgência nas questões fiscais. Esse clima de incerteza afeta principalmente ações de setores sensíveis a juros, como varejo e construção civil, embora algumas exceções, como a Eztec, tenham apresentado resultados positivos no terceiro trimestre. Em contraste, ações de grandes empresas como Petrobras e Bradesco enfrentaram perdas, evidenciando a fragilidade do mercado.
Apesar do cenário desfavorável, há um aumento no otimismo entre os participantes do mercado em relação ao desempenho do Ibovespa na próxima semana, com 62,50% esperando uma alta. A temporada de resultados do terceiro trimestre pode ser crucial para a recuperação do índice, embora o ambiente macroeconômico continue repleto de incertezas, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, onde questões políticas e tarifas potenciais podem impactar economias emergentes como a brasileira.