Nesta quarta-feira (13), o mercado financeiro estará focado na divulgação de dados econômicos relevantes, incluindo o desempenho do setor de serviços no Brasil em setembro e o índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos para outubro. No Brasil, o setor de serviços é um componente importante do PIB, e os resultados podem sinalizar a recuperação econômica, especialmente em um ambiente de juros elevados. Já nos Estados Unidos, o CPI pode influenciar as decisões do Federal Reserve sobre a taxa de juros, impactando mercados globais, incluindo o Brasil. A expectativa é que dados de inflação mais altos possam fortalecer a perspectiva de manutenção ou aumento dos juros nos EUA, enquanto uma desaceleração da inflação traria alívio aos investidores.
O governo brasileiro também está no foco, com discussões sobre o pacote fiscal e possíveis cortes de gastos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou que o governo está finalizando as medidas para um ajuste fiscal, com ênfase na contenção de despesas, inclusive no Ministério da Defesa. Em paralelo, há debate sobre o impacto de uma proposta para limitar o ganho real do salário mínimo, o que pode gerar economia para o governo, mas também é um tema sensível no cenário político. O governo busca, assim, equilibrar o cumprimento das metas fiscais e a manutenção de uma política econômica rigorosa, enquanto lida com a pressão de investidores e instituições internacionais.
No mercado de câmbio, o Banco Central do Brasil anunciou sua primeira intervenção em quase três meses, oferecendo até US$ 4 bilhões das reservas internacionais com compromisso de recompra, em um esforço para conter a alta do dólar. Além disso, o mercado de criptomoedas também se destaca, com o bitcoin alcançando novos recordes de valorização, impulsionado pela eleição de Donald Trump nos EUA, que gerou otimismo sobre a postura do novo governo em relação às criptos. A alta do bitcoin, junto com a valorização de ações de empresas como a Tesla, reflete as expectativas de mudanças favoráveis para o mercado financeiro e as criptomoedas durante o novo mandato presidencial.