O mercado de petróleo registrou alta nesta quinta-feira, impulsionado pela queda do dólar e pelos possíveis impactos do furacão Rafael na produção de petróleo e gás natural na região do Golfo do México. O barril do petróleo WTI subiu 0,93%, fechando a US$ 72,36 na Bolsa de Mercadorias de Nova York, enquanto o Brent teve alta de 0,94%, alcançando US$ 75,63 no mercado da Intercontinental Exchange. O recuo do dólar ocorreu após investidores avaliarem as implicações da possível volta de Donald Trump à presidência, além de aguardarem a decisão do Federal Reserve sobre a taxa de juros.
A decisão do Fed de reduzir os juros básicos em 0,25 ponto porcentual foi acompanhada por cautela no mercado, com analistas avaliando a possibilidade de o banco central dos EUA adotar uma postura menos comprometida em relação a novos ajustes monetários. Kathleen Brooks, da XTB, observou que a combinação entre o aumento das taxas de empréstimo e o fortalecimento das ações, junto a um cenário de pressão inflacionária, pode resultar na desvalorização do dólar e, consequentemente, beneficiar as commodities. Esse movimento deu suporte à recuperação do petróleo, ainda que os preços tenham permanecido abaixo das máximas recentes.
A aproximação do furacão Rafael no Golfo do México acrescentou preocupações ao mercado de petróleo, interrompendo cerca de 17% da produção de petróleo bruto e 7% da de gás natural na região. Analistas do ING acreditam que o mercado de petróleo pode enfrentar um superávit em 2025, caso a Opep+ continue a reduzir gradualmente seus cortes voluntários de produção. No entanto, a manutenção desses cortes poderia alterar esse cenário, impactando o equilíbrio global de oferta e demanda nos próximos anos.