O mercado de motos zero km no Brasil manteve um crescimento robusto em 2024, com 1.576.954 unidades emplacadas até outubro, representando um aumento de 19,62% em relação ao mesmo período de 2023, segundo dados da Fenabrave. A alta demanda é impulsionada pelo setor de entregas e pela procura por motocicletas como alternativa de transporte mais econômica, especialmente entre famílias que estão trocando o segundo carro pela moto. Apesar de desafios logísticos, como os impactos da seca, a expectativa é de que o setor termine o ano com cerca de 1,9 milhão de emplacamentos.
A Honda se mantém na liderança do mercado, com sua moto CG 160 sendo a mais vendida de 2024. Apenas em outubro, foram emplacadas 36.984 unidades do modelo, somando 367.238 unidades no acumulado do ano. Outros modelos da marca, como a Biz 125 e a Pop 110i, também figuram entre as motos mais vendidas. A empresa domina mais de dois terços do mercado nacional. A Shineray, por sua vez, registrou crescimento significativo em outubro, alcançando uma participação de 5,47%, impulsionada pela entrega de mais modelos vindos da China.
No entanto, as motocicletas elétricas ainda enfrentam dificuldades no Brasil, com uma queda de 19,61% nas vendas em 2024. Embora tenha havido um aumento de 16,91% nas vendas de modelos elétricos de setembro para outubro, esse segmento segue com desafios para se estabelecer no mercado. No ranking de vendas do ano, a Yamaha também figura entre as principais marcas, com destaque para a XTZ 250, que ultrapassou a Fazer 250 no volume de emplacamentos, devido à queima de estoque das concessionárias.