Após a apreensão de uma minuta de decreto que sugeria mudanças no resultado das eleições de 2022, trocas de mensagens entre membros do governo e assessores foram descobertas pela Polícia Federal. As mensagens, que datam de janeiro de 2023, indicam que os envolvidos estavam atentos ao conteúdo do documento, que havia sido encontrado na casa de um ex-ministro. Em uma das conversas, um dos envolvidos compartilhou links sobre a apreensão e comentou sobre o fato de o documento ter sido inicialmente descrito como escrito à mão, o que depois foi retificado pela imprensa.
A minuta, apreendida logo após os ataques de 8 de janeiro contra as sedes dos Três Poderes, levantou preocupações sobre possíveis tentativas de subverter o processo eleitoral. A Polícia Federal destaca que, além das trocas de mensagens, reuniões entre figuras do núcleo jurídico do governo e comandantes das Forças Armadas foram realizadas para discutir as medidas que poderiam ser adotadas. Esses encontros ocorreram em dezembro de 2022 e foram acompanhados por assessores e outros membros do governo, sugerindo um esforço coordenado para alterar o resultado da eleição.
O foco das investigações recai sobre os envolvidos nas conversas, que aparentemente se mostraram mais preocupados com a possível repercussão do documento do que com suas implicações legais. A Polícia Federal continua a apurar as circunstâncias e os envolvidos na tentativa de desestabilização institucional, enquanto os advogados dos acusados aguardam o andamento do processo. O caso segue sendo analisado pelas autoridades, com o julgamento previsto para avançar nos próximos meses.