O governo federal anunciou um pacote de medidas fiscais com o objetivo de cortar R$ 70 bilhões em gastos públicos nos próximos dois anos. Entre as principais propostas estão limitações no aumento do salário mínimo, mudanças no abono salarial e no Imposto de Renda, além de ajustes no funcionalismo público e na previdência dos militares. As medidas, que ainda precisam de aprovação do Congresso, buscam equilibrar o orçamento, conter o déficit fiscal e melhorar a confiança do mercado na economia brasileira, especialmente em um cenário de desafios internos e externos.
Uma das medidas mais discutidas foi o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda, que beneficiará quem ganha até R$ 5 mil mensais a partir de 2026. Embora o governo tenha afirmado que essa ação terá um caráter social, ela gerou preocupações no mercado sobre a viabilidade fiscal do pacote. Para compensar a perda de arrecadação, o governo planeja aumentar a tributação sobre rendas acima de R$ 50 mil, mas a falta de detalhes sobre a implementação dessa medida gerou incertezas.
Além disso, o pacote prevê mudanças no funcionalismo público, com a intenção de combater os chamados “supersalários”, que hoje ultrapassam o teto constitucional. Também há propostas para limitar o crescimento de emendas parlamentares e garantir que uma maior parte seja destinada à saúde. O governo pretende implementar uma série de cortes e ajustes fiscais para evitar a paralisia de serviços públicos essenciais, como saúde e educação, enquanto busca melhorar a sustentabilidade das contas públicas.