O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou em pronunciamento que as novas medidas fiscais enviadas ao Congresso têm como objetivo gerar uma economia de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos. As principais alterações envolvem a reestruturação do abono salarial, que será restrito a trabalhadores que ganham até um salário mínimo e meio, em vez de até dois salários mínimos, como ocorre atualmente. A medida também prevê uma transição gradual, com o abono sendo mantido para quem recebe até R$ 2.640, valor que será corrigido pela inflação nos próximos anos.
Haddad explicou que, ao longo do tempo, o valor do abono salarial será ajustado para se tornar permanente quando atingir o equivalente a um salário mínimo e meio. A alteração visa, segundo o ministro, uma maior justiça fiscal e o controle das despesas públicas, sem comprometer a assistência aos trabalhadores com menor renda. O governo, assim, busca equilibrar o orçamento e melhorar a distribuição de recursos, ajustando as políticas de benefícios sociais.
Além disso, o governo também pretende implementar medidas para reduzir privilégios no serviço público, com foco na igualdade entre os agentes públicos. Haddad ressaltou que serão tomadas ações para corrigir excessos, assegurando que todos os servidores respeitem o teto constitucional de remuneração. Essas mudanças fazem parte do esforço do governo para promover mais eficiência fiscal e reduzir disparidades no sistema público de benefícios e salários.