O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um pacote fiscal com o objetivo de gerar uma economia de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos. As principais medidas incluem o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para pessoas que recebem até R$ 5 mil mensais, o que representa uma ampliação significativa em relação aos R$ 2.259,20 atuais. Para compensar a perda de arrecadação com a isenção, o governo propôs a taxação de lucros e dividendos superiores a R$ 50 mil mensais, que até agora estavam isentos, com a expectativa de que essa mudança neutralize o impacto financeiro da medida.
Além disso, Haddad destacou que o governo está comprometido com a sustentabilidade fiscal e com a criação de um Brasil mais justo. O pacote fiscal prevê a correção de distorções, como o combate a privilégios em aposentadorias militares e a adoção de uma idade mínima para a reserva. A proposta também inclui a ampliação do abono salarial para quem ganha até R$ 2.640, além de garantir reajustes anuais para esse benefício. O governo também promete mais controle nas políticas públicas, com ênfase no combate à fraude e ao desperdício, para garantir que os recursos cheguem efetivamente a quem mais precisa.
Em seu pronunciamento, o ministro reforçou o compromisso do governo com a redução das desigualdades sociais e a eficiência econômica, destacando que medidas como a reforma tributária e a ampliação da isenção do IR são fundamentais para garantir mais poder de compra às famílias brasileiras, especialmente à classe média. O governo ainda reafirma que, para garantir a sustentabilidade fiscal, será proibida a criação de novos benefícios tributários em caso de déficit primário, e que todas as medidas visam proteger a economia, promover crescimento sustentável e melhorar as condições de vida da população.