O governo anunciou um pacote de contenção de gastos com o objetivo de reduzir o crescimento da dívida pública nos próximos dois anos. As medidas incluem ajustes no abono salarial, mudanças nas emendas parlamentares, alterações nas regras de aposentadoria para militares e limitações nas pensões. Além disso, o governo sinalizou que a adequação do salário mínimo ao arcabouço fiscal será uma prioridade, buscando garantir a sustentabilidade das contas públicas a longo prazo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o pacote pode gerar uma economia de R$ 70 bilhões, o que representa um compromisso com a saúde fiscal do país.
No entanto, o mercado financeiro e analistas econômicos têm se mostrado céticos quanto à eficácia das medidas no curto e longo prazo. O valor anunciado, embora significativo, ainda é considerado insuficiente para estabilizar a relação dívida/PIB, especialmente diante da necessidade de um controle mais rigoroso dos gastos públicos. Economistas apontam que as medidas podem ter um efeito apenas de médio prazo, sem garantir a redução efetiva da dívida ao longo dos próximos anos. Para alguns, seria necessário um pacote mais robusto e ações mais agressivas, como cortes de despesas discricionárias.
As críticas ressaltam que, embora as medidas sejam um passo na direção certa, elas não são suficientes para resolver o problema fiscal de maneira definitiva. Especialistas indicam que, além da contenção de gastos, serão necessárias novas ações mais incisivas no futuro para atingir as metas fiscais e melhorar a sustentabilidade da dívida pública. O governo ainda precisará da aprovação das medidas pelo Congresso, o que pode afetar o impacto real dessas ações.