O médico investigado pela morte de uma paciente durante um procedimento estético é acusado de ser responsável por diversas complicações graves em outras mulheres, incluindo mutilações e cicatrizes permanentes. De acordo com o advogado que representa 22 vítimas, o profissional já tinha sido denunciado ao Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) desde 2018, mas as investigações foram arquivadas. O advogado considera que a morte da paciente era “previsível” e critica a postura das autoridades, incluindo o Cremesp, por não terem agido de maneira mais incisiva. Ele defende que o médico deve ser responsabilizado por homicídio qualificado.
Além das alegações de negligência, o médico já havia sido condenado anteriormente por erro em cirurgia, tendo que indenizar uma paciente em 2013. As denúncias incluem casos de complicações graves, como necroses e deformidades após procedimentos estéticos, realizados por ele em diversas mulheres. Entre as vítimas, estão relatos de danos irreversíveis, com algumas pacientes sofrendo consequências físicas e emocionais após buscarem cirurgias para melhorar a autoestima. Apesar disso, o médico nega qualquer intenção de prejudicar os pacientes e atribui as complicações a intercorrências próprias de qualquer procedimento cirúrgico.
A morte de Paloma Alves, ocorrida após um procedimento de hidrolipo, gerou nova onda de investigações. Ela teria entrado em parada cardiorrespiratória irreversível durante a cirurgia e foi socorrida sem sucesso. O marido de Paloma alega que não houve tentativa de reanimação adequada, levantando questionamentos sobre os cuidados médicos na clínica. A Secretaria de Segurança Pública está em busca de localizar o médico, enquanto o Cremesp afirma estar apurando os fatos de acordo com o sigilo determinado pela lei. O caso continua em investigação, e as autoridades tentam esclarecer as responsabilidades em relação às mortes e complicações associadas a procedimentos estéticos realizados pelo profissional.