A polícia argentina indiciou uma médica brasileira por abandono de pessoa no caso da morte de uma modelo brasileira em Buenos Aires. A vítima, que caiu do sexto andar de um apartamento, estava sob o efeito de substâncias, e a médica foi acusada de não ter prestado socorro quando poderia, uma vez que era profissional da saúde. Além disso, o empresário argentino que possuía o imóvel também foi indiciado por abandono de pessoa, após a investigação apontar que ele forneceu drogas à vítima e não buscou ajuda médica a tempo, mesmo diante de seu estado grave.
Em março de 2023, a modelo caiu do prédio e foi encontrada em estado de desespero, após horas de agravamento da sua condição devido ao consumo de substâncias, como cocaína e MDMA. A investigação revelou que, durante esse período crítico, tanto a médica quanto o empresário estavam cientes da situação, mas não tomaram providências imediatas para ajudá-la. O caso tomou proporções mais complexas com a acusação de que a modelo teria sido drogada contra sua vontade, o que gerou uma nova linha de investigação sobre abuso sexual e feminicídio.
A acusação segue em andamento, e uma audiência importante está marcada para a retirada da tornozeleira eletrônica do empresário. A defesa, por sua vez, argumenta que o indiciamento da médica altera a dinâmica do caso, uma vez que ela também teve papel ativo no evento, facilitando o encontro no qual a vítima foi exposta a perigos. A promotoria ainda analisa os elementos do caso, e novas acusações podem ser acrescentadas conforme o andamento das investigações.