Losartana potássica, o segundo medicamento mais vendido no Brasil, é amplamente utilizado no tratamento da hipertensão e em alguns casos de insuficiência cardíaca. Disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), o remédio ajuda a controlar a pressão arterial e, assim, reduz o risco de infarto e derrame. Em alguns casos, é também indicado para cardiomiopatia hipertrófica, apesar de essa aplicação ser menos comum. Como todo medicamento, seu uso exige prescrição médica, e a dosagem varia entre 25 e 100 mg diários, dependendo da recomendação do profissional de saúde.
A ação da losartana se baseia no bloqueio do receptor de angiotensina 2, substância produzida nos rins que influencia a pressão sanguínea. Ao inibir esse receptor, o remédio ajuda na dilatação dos vasos e pode reduzir a retenção de sal e líquidos, apesar de não ser um diurético. Contudo, seu uso combinado com medicamentos como Captopril ou Enalapril, que também afetam a pressão, é contraindicado, assim como para gestantes e pessoas com altos níveis de potássio no sangue. Como efeitos colaterais, podem ocorrer angioedema, hipotensão e, em casos raros, elevação de potássio que pode causar arritmias.
Em 2022, a Anvisa ordenou a interdição de lotes de losartana devido à presença de impurezas potencialmente nocivas, mas garantiu que os pacientes mantivessem o tratamento até a substituição dos produtos afetados. Além da genética, fatores de risco como fumo, obesidade e sedentarismo contribuem para o desenvolvimento da hipertensão, que afeta mais de 27% da população brasileira e exige controle contínuo para prevenir complicações como AVC, doenças renais e problemas cardíacos.