Uma família denunciou a maternidade Albert Sabin, em Salvador, por suposta violência obstétrica após a morte de uma recém-nascida durante o parto. A mãe relatou que a filha sofreu uma lesão no pescoço enquanto era puxada para fora, e que a médica responsável deixou a sala antes de concluir o procedimento. O caso ocorreu no dia 31 de outubro e agora está sendo investigado pela Polícia Civil, que deverá concluir suas apurações em até 30 dias.
A mãe do bebê, que havia realizado o pré-natal em unidades pública e privada, afirma que foi pressionada a optar por um parto normal, mesmo após ter sido aconselhada a realizar uma cesárea devido ao tamanho da criança. Durante o trabalho de parto, Liliane Ribeiro relatou ter sido desrespeitada pela equipe médica, que a instruiu a fazer força e a ignorar as orientações recebidas anteriormente. Após o nascimento, a bebê foi entregue a outros profissionais, mas logo foi constatado o óbito, o que gerou dúvidas e revolta na família, que não aceitava a explicação de que a criança havia nascido morta.
Em resposta às denúncias, a Secretaria de Saúde da Bahia expressou sua consternação com o incidente e anunciou que uma sindicância será realizada para investigar as circunstâncias do ocorrido. A secretaria ressaltou a importância de garantir a segurança e o bem-estar dos pacientes e das famílias, além de reafirmar o compromisso com a ética no atendimento. O caso levantou discussões sobre práticas de assistência obstétrica e a necessidade de um atendimento mais respeitoso e humanizado nas maternidades.