O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apreendeu 10.500 kg de arroz em uma rede de supermercados na cidade de Araraquara, interior de São Paulo. A fiscalização identificou que os pacotes estavam rotulados como tipo 1, considerado de qualidade superior, enquanto o conteúdo era, na realidade, de tipo 3, caracterizado pela maior quantidade de grãos quebrados e impurezas. A operação ocorreu em 28 de outubro, e a empresa responsável pela embalagem, localizada no Rio Grande do Sul, não teve seu nome divulgado pelo Mapa.
A diferença entre os tipos de arroz está relacionada ao percentual de impurezas e características dos grãos, como a presença de farelos e grãos quebrados. Arroz tipo 1, que apresenta menor quantidade de grãos danificados, é o preferido dos consumidores por ficar mais soltinho ao ser cozido, enquanto os grãos quebrados no tipo 3 tornam o arroz mais pegajoso. Segundo especialistas, apesar de o valor nutricional entre os tipos ser semelhante, a classificação influencia diretamente na textura final do produto.
A Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) destaca que a venda de produtos rotulados incorretamente prejudica o consumidor, que paga mais por um arroz que não atende à expectativa de qualidade. Além disso, o tipo indicado na embalagem influencia o preço, sendo o tipo 1 geralmente mais caro que o tipo 3. A Abiarroz reforça a importância da transparência para garantir que o consumidor saiba o que está comprando e tenha o direito a uma compra justa e informada.