Neste feriado de 15 de novembro, manifestantes se reuniram nas ruas das principais capitais brasileiras para exigir o fim da escala de trabalho 6×1, que estabelece seis dias de trabalho e um dia de descanso. A mobilização, liderada pelo Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), ganhou força nas últimas semanas, especialmente nas redes sociais, com apoio de parlamentares e ativistas. Atos ocorreram em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belém, com participantes levantando bandeiras como a redução das jornadas e melhores condições de saúde mental para os trabalhadores.
O foco principal dos protestos é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa substituir a jornada de 44 horas semanais, vigente desde a publicação da CLT em 1943, por uma carga de 36 horas semanais. A PEC, que já conta com as assinaturas necessárias para ser protocolada na Câmara dos Deputados, busca uma mudança significativa nas condições de trabalho no país, onde a rotina de trabalho intensa tem gerado debates sobre os impactos na saúde e bem-estar dos trabalhadores.
Além das manifestações em várias cidades, a discussão também chegou ao Congresso Nacional, onde a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) tem liderado o movimento em busca de uma legislação mais favorável aos trabalhadores. Durante as manifestações, como a que ocorreu na Avenida Paulista, em São Paulo, cartazes como “Menos horas trabalhando, mais saúde mental” e “Quero ver minha filha crescer” refletiram o apelo dos manifestantes por um equilíbrio maior entre trabalho e vida pessoal. O movimento tem gerado debates sobre os possíveis impactos econômicos e sociais dessa mudança no regime de trabalho.