Cerca de 130 mil pessoas se reuniram em Valência, na Espanha, em um protesto massivo contra o governo regional após inundações devastadoras que causaram mais de 200 mortes e o desaparecimento de cerca de 50 pessoas. A manifestação, que começou em frente à prefeitura e seguiu até a sede do governo, foi marcada por confrontos entre manifestantes e policiais. Os participantes criticaram a falta de alertas eficazes de inundação, argumentando que as medidas preventivas poderiam ter evitado a tragédia e exigindo mudanças imediatas na liderança regional.
A resposta do governo local ao desastre foi amplamente criticada por sua lentidão e falta de coordenação, o que levou os voluntários a serem os primeiros a chegar nas áreas mais afetadas. Segundo os manifestantes, a falta de preparação e o despreparo das autoridades diante da situação agravaram os impactos das inundações. O líder do Partido Popular ressaltou que o foco deveria estar no apoio às vítimas e na reconstrução, deixando o debate sobre responsabilidades para depois.
Em defesa de sua gestão, o governo regional alegou que a intensidade do desastre era difícil de prever e que informações insuficientes vindas das autoridades centrais limitaram sua capacidade de agir prontamente. Mesmo assim, a pressão popular tem crescido, refletindo uma insatisfação profunda com a resposta institucional.