Manaus amanheceu neste sábado com níveis alarmantes de poluição atmosférica, especialmente na zona Sul, onde o bairro Distrito Industrial registrou 85,3 µg/m³ de poluentes no ar, considerado muito ruim pelo Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva). Esse índice está muito acima do ideal para qualidade do ar, que varia entre 0 e 25 µg/m³. A Defesa Civil do Amazonas e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema) foram contatadas para fornecer informações sobre a causa da nova nuvem de fumaça que cobre a cidade.
Nos últimos meses, a capital amazonense tem sofrido com sucessivas ondas de fumaça provocadas por queimadas na região. Em setembro e outubro, as queimadas ocorreram no Sul do Amazonas, enquanto neste início de novembro a origem da neblina está ligada a focos de incêndio no Baixo Amazonas e na região da Calha do Tapajós, no oeste do Pará. Esses incêndios têm gerado preocupações frequentes e afetam a saúde da população devido à piora na qualidade do ar.
O estado do Amazonas está em situação de emergência ambiental desde julho, com o auge das queimadas em agosto e setembro, quando uma densa nuvem de fumaça chegou a cobrir os 62 municípios do estado. Uma extensa área de aproximadamente 500 quilômetros foi atingida pelas chamas, agravando a crise ambiental e intensificando os efeitos na atmosfera. Além de Manaus, outras cidades, como Parintins, também se encontram em estado de alerta devido à fumaça, que impacta diretamente a vida dos moradores e os sistemas de saúde da região.