Cinco meses após a morte de um homem em São Paulo devido a complicações de um procedimento estético, sua mãe entrou com uma ação na Justiça pedindo indenização por danos materiais e morais. O caso envolve a aplicação de um peeling de fenol, produto químico que, segundo laudo médico, provocou a morte da vítima após inalação. A mãe do falecido, que dependia financeiramente do filho, solicita um valor superior a R$ 1,4 milhão, além de uma pensão temporária. O processo aguarda decisão judicial, enquanto a ré, responsável pela clínica onde o procedimento foi realizado, responde por homicídio doloso e está proibida de atuar na área.
O peeling de fenol é um tratamento estético utilizado para rejuvenescimento da pele, mas, devido aos riscos envolvidos, é recomendado apenas para profissionais médicos, conforme o Conselho Federal de Medicina. A aplicação do produto na vítima foi realizada por uma pessoa que, apesar de se apresentar como esteticista, não possuía registro profissional válido para tal procedimento. A falta de regulamentação adequada sobre quem pode realizar o procedimento contribuiu para a gravidade do caso, que resultou em parada cardiorrespiratória da vítima e sua morte imediata.
Além da ação civil, que busca a reparação financeira à mãe da vítima, a empresária responsável pela clínica também enfrenta um processo criminal. Ela é acusada de homicídio doloso por dolo eventual, pois assumiu o risco de matar ao realizar o procedimento sem a qualificação necessária. A Justiça ainda vai definir se ela será julgada por um júri popular. Enquanto isso, a clínica foi fechada pela prefeitura, que identificou irregularidades na autorização para a realização de tratamentos estéticos no local.