Uma mulher foi condenada a 34 anos e seis meses de prisão após ser considerada culpada pela morte de uma criança de dois anos, encontrada em um poço na área rural de Cerejeiras, Rondônia. O caso, ocorrido em fevereiro de 2024, contou com o depoimento da irmã da vítima, que afirmou que tanto ela quanto o irmão eram frequentemente agredidos pela madrasta, especialmente na ausência do pai. Segundo o relato da menina, a acusada levou as crianças até um sítio, pediu que ela fosse buscar limões e, ao retornar, percebeu que o irmão estava desaparecido.
A sentença apontou que o crime foi cometido com dolo e envolveu qualificadoras, como motivo fútil e uso de meios cruéis. A vítima foi encontrada em um poço de aproximadamente 10 metros de profundidade e, segundo o laudo do Instituto Médico Legal (IML), morreu por afogamento, caracterizado como asfixia mecânica por meio líquido, indicando que o menino foi jogado vivo. A investigação, realizada pela Polícia Civil, concluiu que o crime foi premeditado, ressaltando a frieza e crueldade com que a ação foi conduzida.
A acusada foi encaminhada para a Cadeia Pública de Colorado do Oeste, onde deverá cumprir a pena inicialmente em regime fechado. O caso gerou ampla comoção na comunidade local e trouxe à tona a importância de monitoramento e denúncias de possíveis situações de violência doméstica. As investigações também apontaram que o caso começou a ser tratado como desaparecimento até que o corpo foi encontrado e as evidências indicaram o homicídio.