O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou, pela primeira vez, seu apoio à candidata do Partido Democrata, Kamala Harris, na corrida presidencial dos Estados Unidos. Em entrevista ao canal francês TF1, Lula argumentou que a vitória de Kamala seria a opção mais segura para o fortalecimento da democracia no país, especialmente em contraste com o governo anterior. Ele mencionou os ataques ao Capitólio em 2020 como um sinal de fragilidade democrática, associando esses eventos a uma retórica de ódio e desinformação.
Além de seu apoio a Kamala, Lula já havia manifestado publicamente apoio ao atual presidente Joe Biden antes de sua desistência na disputa. Ele enfatizou a importância de Biden participar da escolha de sua substituta, em meio a questionamentos sobre sua capacidade de concorrer novamente. Lula também expressou preocupações sobre a ascensão de ideologias consideradas ameaçadoras à democracia, mencionando que essas tendências estão se espalhando em várias partes do mundo.
Embora tenha anteriormente evitado se posicionar sobre as eleições americanas para não ser visto como uma interferência, Lula agora deixou clara sua torcida pela vice-presidente. Este apoio pode gerar reações diversas entre os políticos brasileiros, especialmente entre aqueles alinhados a outros candidatos. Manifestações desse tipo costumam ser vistas com cautela por diplomatas, dada a possibilidade de desentendimentos em relação a assuntos internos de outros países.