O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu oficialmente a cúpula de chefes de Estado do G20, realizada no Rio de Janeiro, e utilizou a ocasião para anunciar o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. A iniciativa, proposta pela presidência brasileira, já conta com 147 membros fundadores, incluindo 81 países, a União Europeia, a União Africana, organizações internacionais e instituições financeiras. Lula destacou a importância de ações concretas para combater a fome e a pobreza, que afetam milhões de pessoas, e sublinhou que o G20, como um dos maiores blocos econômicos, tem a responsabilidade de liderar essa luta global.
Em seu discurso, o presidente refletiu sobre o cenário atual, caracterizado por um aumento de conflitos armados, deslocamentos forçados e impactos devastadores das mudanças climáticas. Ele enfatizou que a fome e a pobreza não são problemas resultantes da escassez de recursos, mas sim de decisões políticas que perpetuam desigualdades sociais e econômicas. Lula também fez referência à situação do Brasil, que, após anos de avanços, viu um retrocesso nos índices de pobreza e insegurança alimentar, com cerca de 33 milhões de brasileiros vivendo em situação de fome.
A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza tem como objetivo reunir esforços internacionais para combater a fome de maneira eficaz, por meio de políticas públicas e ações de inclusão social. Lula reafirmou a importância de um esforço coletivo, destacando que a implementação de programas sociais no Brasil, como o Bolsa Família e o Programa Nacional de Alimentação Escolar, demonstram que é possível alcançar resultados positivos. Ele concluiu seu discurso com um apelo à ação, pedindo que a cúpula do G20 seja lembrada como um marco para o combate à fome e à pobreza no mundo.