O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, realizaram uma reunião não agendada para discutir a inclusão de um novo ministério nas negociações sobre cortes de gastos públicos. Haddad informou que já finalizou discussões com ministros de áreas sociais e que as negociações devem ser concluídas até quarta-feira, embora não tenha especificado qual ministério pode ser incluído. A intenção é alinhar esforços para consolidar um plano de ajuste fiscal sem afetar os direitos dos trabalhadores e garantir a sustentabilidade econômica.
Haddad reiterou que o governo está comprometido com o crescimento econômico e o controle da inflação, afirmando que as medidas propostas são benéficas para os trabalhadores. Ele destacou que as propostas em discussão visam manter o equilíbrio econômico, protegendo variáveis cruciais para a estabilidade financeira do país. O ministro pretende debater com Lula a apresentação dessas medidas aos líderes do Senado e da Câmara, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, fortalecendo o diálogo com o Legislativo.
Entre as propostas, estão sendo considerados ajustes no seguro-desemprego e no abono salarial, que apresentaram alta recente, bem como limitações no crescimento de despesas com saúde e educação. Alguns ministros, incluindo Luiz Marinho, expressaram reservas quanto a essas mudanças, especialmente no tocante ao abono salarial e ao seguro-desemprego, o que gerou discussões acaloradas. O governo planeja, em seguida, formalizar as propostas por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e um projeto de lei, visando conter o aumento das despesas públicas.