A eleição presidencial dos Estados Unidos está marcada para a próxima terça-feira, dia 5, com uma disputa entre a candidata democrata Kamala Harris e o ex-presidente republicano Donald Trump. Em entrevista ao canal francês TF1, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva expressou seu apoio a Harris, afirmando que sua vitória representa um caminho mais seguro para a democracia e criticou os eventos como o ataque ao Capitólio, que ele considera um reflexo do desgaste do modelo democrático norte-americano. Lula destacou que, como defensor da democracia, apoia a atual vice-presidente americana nesta eleição.
O governo brasileiro, segundo fontes internas, vê com cautela a possibilidade de vitória de Trump, o que teria potenciais repercussões políticas e econômicas para o Brasil. Na visão do Palácio do Planalto, uma vitória republicana poderia incentivar o crescimento de movimentos políticos de extrema direita em várias regiões do mundo, especialmente na América Latina. Esse temor é reforçado pelo histórico da eleição de Trump em 2016, seguido pela eleição de Jair Bolsonaro no Brasil em 2018, eventos que, segundo o governo brasileiro, podem ter desencadeado uma onda de políticas conservadoras e discursos polarizantes em diferentes nações.
Na esfera econômica, uma possível valorização do dólar com a vitória de Trump preocupa o governo brasileiro, que teme os impactos de uma pressão inflacionária no país. Para enfrentar essa possibilidade, a equipe econômica de Lula tem trabalhado em estratégias para reavaliar os gastos públicos, com o intuito de fortalecer a economia brasileira e manter o controle fiscal, minimizando os efeitos de uma eventual mudança na política monetária dos Estados Unidos.