O presidente Luiz Inácio da Silva, durante o encontro de líderes do G20, sugeriu que os países desenvolvidos antecipem suas metas de neutralidade climática para 2040 ou 2045, ao invés de 2050, como forma de combater as mudanças climáticas. Lula enfatizou que, embora todos os países precisem agir, as nações mais industrializadas têm uma responsabilidade histórica maior devido ao seu impacto nas emissões de gases de efeito estufa. A presidência brasileira no G20 focou em impulsionar um desenvolvimento sustentável, com especial atenção à redução do desmatamento, que o presidente garantiu ser uma das maiores prioridades do Brasil.
Lula destacou a importância do G20, que representa 80% das emissões globais, para o sucesso de políticas ambientais e lembrou que os acordos anteriores, como o Protocolo de Paris, ainda não atingiram os resultados esperados. Em sua fala, ele cobrou maior responsabilidade das nações ricas, que, segundo ele, ainda não cumpriram promessas financeiras para apoiar os países em desenvolvimento na luta contra o aquecimento global. O presidente também sublinhou a necessidade de reforçar as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e o engajamento dos países em ações concretas.
Além disso, Lula anunciou que o Brasil irá continuar com a meta de erradicar o desmatamento até 2030 e ressaltou o papel fundamental das florestas e dos povos indígenas na preservação ambiental. O presidente aproveitou a oportunidade para criticar o negacionismo climático e defender a criação de um Conselho de Mudança Climática na ONU, com o objetivo de fortalecer a colaboração internacional. Ele concluiu seu discurso chamando a atenção para a importância de a próxima COP, em 2025, ser vista como uma última chance para evitar um colapso climático irreversível.