O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, durante o encerramento da Cúpula do G20 Social no Rio de Janeiro, que a única maneira de evitar os crescentes conflitos globais é fortalecer a atuação do Conselho de Segurança da ONU, ampliando sua representatividade. Lula destacou que, desde a Segunda Guerra Mundial, o mundo vive o período de maior intensidade de conflitos e afirmou que a solução está em dar mais importância ao Conselho, tornando-o mais inclusivo e representativo das realidades atuais.
O presidente criticou a estrutura atual do Conselho de Segurança, que conta com apenas cinco membros permanentes (China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia), com poder de veto sobre decisões importantes. Ele questionou a ausência de países de regiões como África, América Latina e Ásia em posições de influência dentro da ONU, citando exemplos como Egito, Etiópia, Argélia, África do Sul, Brasil, México, Alemanha e Índia. Segundo Lula, essas nações, apesar de sua relevância política e econômica, não estão representadas no Conselho de Segurança, o que limita a capacidade de tomar decisões eficazes em prol da paz e segurança internacional.
A reforma do Conselho de Segurança da ONU é uma demanda histórica do Brasil, que busca aumentar a representatividade e promover mudanças nos mecanismos de governança global. Lula ressaltou que a ONU foi criada com apenas 56 países, mas hoje conta com 196 membros, o que justifica a necessidade de atualizar suas estruturas de decisão. Ele enfatizou que um Conselho mais inclusivo seria essencial para enfrentar os desafios globais, como conflitos e questões ambientais, de maneira mais justa e equilibrada.